Como dizia o outro "working class hero is something to be"!!!!
Sei que devem tar fartos destes videos mas este tinha mesmo que postar! Puta Vida Merda Cagalhões, nova definição da luta de classes!!!!! WAR!!!
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
Uma boa iniciativa!
ÚNICO NO MUNDO
TEATRO DE ÓPERA EM PEDREIRA DE VILA VIÇOSAAssociar a cultura à história e à economia parece ser uma ideia inovadora para dar uma nova utilidade às pedreiras que povoam a paisagem alentejana da Zona dos Mármores. Transformar feridas abertas, empedernidas e torná-las em ambientes agradáveis, onde seja possível ouvirem-se acordes musicais e vivenciarem-se experiências únicas da modernidade.
Foi tudo isto que o professor jubilado da Universidade de Évora, Laureano Carreira, encenador e libretista, pensou e propôs à empresa de extracção de mármores Solubema, sedeada no concelho de Vila Viçosa. Com a imediata receptividade dos proprietários da pedreira, o processo iniciou-se com a realização de um projecto coordenado pelos arquitectos Pedro Matos Gameiro e Marta Sequeira, desenvolvido no âmbito do Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora.
A ideia é criar na pedreira da Sé ou do Cabido, junto à estrada Bencatel - Vila Viçosa, um teatro ao ar livre, de modo a albergar um festival de ópera promovido pela academia alentejana.
“O efeito devastador no território, que muito nos impressiona, é compensado pela possibilidade de utilização destes novos espaços, cuja natureza nos é estranha e cuja escala nos esmaga. São espaços magníficos e grandiosos, originando estruturas espaciais especialmente vocacionadas para acontecimentos cénicos”, afirmou o arquitecto Pedro Gameiro.
Contudo, para que este projecto seja concretizado, há muito trabalho a fazer, desde a remoção das pedras e dos desperdícios existentes, passando pelo lapidar de algumas pedras com vista a obter-se o espaço de anfiteatro que se pretende, para além de criar todas as condições de acessibilidade para “a sala de espectáculos”. No entanto, e de acordo com Óscar Frazão e Vasco Barros, administradores da empresa Solubema, toda esta logística “será assegurada por nós, o que se revela já um grande apoio em termos de investimento e de financiamento, pois se temos os meios e a mão-de-obra porque não devemos colaborar?”, questionam.
A nível mundial, não existe nada igual. “Este será um espaço único, quer em termos de profundidade, quer em termos de valorização da pedreira, usando todo o manancial que ela apresenta e que é, por si já, um anfiteatro a céu aberto, e que nos assalta o olhar quando a ela chegamos”, afirma a arquitecta Marta Sequeira.
No que respeita ao projecto em si, o principal mote da intervenção é o do percurso, que leva o público da cota de chegada (topo da cratera) à cota da plateia (ponto mais baixo da cratera), descendo cerca de 50 metros, num complexo sistema de bancadas, no que se pretende um verdadeiro percurso arquitectónico.
“Na constituição desta promenade sublinham-se as possibilidades criadas pela exploração da pedra, através do corte dos enormes blocos que revelam superfícies de infindável espessura – numa operação predominantemente estereotómica, a que apenas se acrescentam alguns elementos excepcionais, que marcam três momentos: chegada (bilheteira e lojas), zona de pausa (bar e esplanada) e área de espectáculo (plateia e palco)”, explicitaram os arquitectos.
Olhando para as maquetas percebe-se que a entrada é feita através de um longo muro que conduz a uma escada desenhada numa espécie de poço iniciático e que liga a cota superior e a intermédia. Nesta cota vislumbra-se pela primeira vez o que anteriormente se tinha velado – o grande leito da pedreira e, percorrendo uma galeria resultante do corte de uma das bancadas, acede-se ao bar, cuja configuração permite descobrir o grande lago no interior da pedreira.
Uma escada, formada por um conjunto de lanços que se desenvolvem num sulco que é agora talhado na pedra, leva-nos à cota inferior, onde são colocados uma plateia e um palco, finalizando-se assim o percurso. Este último conjunto está então disposto sobre um novo plano de água e contra as enormes paredes originais que se levantam a 50m de altura ampliando, com a sua massa, a potência da voz, projectada por uma acústica existente e previamente identificada.
Na opinião dos arquitectos, se as obras começassem hoje, levariam cerca de um ano e meio, apontando 2012 a inauguração deste espaço cultural. No entanto, inerente a qualquer projecto estão questões financeiras e essas estão a ser ponderadas, sabendo-se que a Câmara Municipal de Vila Viçosa já valorizou todo o projecto. O presidente, Luís Caldeirinha Roma, afirmou que este “é um projecto marcado por uma transversalidade singular, que abarca áreas como a cultura, indústria, gastronomia e comércio, numa terra com um valiosíssimo potencial turístico”.
Esta pedreira encontra-se a sudoeste de Vila Viçosa, junto ao relevo mais importante da região, a Serra D´Ossa. O território onde se localiza corresponde à faixa denominada Anticlinal de Estremoz, onde se encontra a maior jazida de mármores continental, tornando a zona naquela que, em Portugal, apresenta uma maior intensidade de exploração mineira.
Em resultado destas características, a original topografia da zona foi sendo alterada ao longo dos anos através de enormes crateras criadas pela incessante procura de pedra. São feridas violentamente abertas que contrastam, com especial evidência, com a paisagem envolvente e que este projecto de valorização cultural pretende inverter.
»» Jorge Manuel Pereira
Foi tudo isto que o professor jubilado da Universidade de Évora, Laureano Carreira, encenador e libretista, pensou e propôs à empresa de extracção de mármores Solubema, sedeada no concelho de Vila Viçosa. Com a imediata receptividade dos proprietários da pedreira, o processo iniciou-se com a realização de um projecto coordenado pelos arquitectos Pedro Matos Gameiro e Marta Sequeira, desenvolvido no âmbito do Departamento de Arquitectura da Universidade de Évora.
A ideia é criar na pedreira da Sé ou do Cabido, junto à estrada Bencatel - Vila Viçosa, um teatro ao ar livre, de modo a albergar um festival de ópera promovido pela academia alentejana.
“O efeito devastador no território, que muito nos impressiona, é compensado pela possibilidade de utilização destes novos espaços, cuja natureza nos é estranha e cuja escala nos esmaga. São espaços magníficos e grandiosos, originando estruturas espaciais especialmente vocacionadas para acontecimentos cénicos”, afirmou o arquitecto Pedro Gameiro.
Contudo, para que este projecto seja concretizado, há muito trabalho a fazer, desde a remoção das pedras e dos desperdícios existentes, passando pelo lapidar de algumas pedras com vista a obter-se o espaço de anfiteatro que se pretende, para além de criar todas as condições de acessibilidade para “a sala de espectáculos”. No entanto, e de acordo com Óscar Frazão e Vasco Barros, administradores da empresa Solubema, toda esta logística “será assegurada por nós, o que se revela já um grande apoio em termos de investimento e de financiamento, pois se temos os meios e a mão-de-obra porque não devemos colaborar?”, questionam.
A nível mundial, não existe nada igual. “Este será um espaço único, quer em termos de profundidade, quer em termos de valorização da pedreira, usando todo o manancial que ela apresenta e que é, por si já, um anfiteatro a céu aberto, e que nos assalta o olhar quando a ela chegamos”, afirma a arquitecta Marta Sequeira.
No que respeita ao projecto em si, o principal mote da intervenção é o do percurso, que leva o público da cota de chegada (topo da cratera) à cota da plateia (ponto mais baixo da cratera), descendo cerca de 50 metros, num complexo sistema de bancadas, no que se pretende um verdadeiro percurso arquitectónico.
“Na constituição desta promenade sublinham-se as possibilidades criadas pela exploração da pedra, através do corte dos enormes blocos que revelam superfícies de infindável espessura – numa operação predominantemente estereotómica, a que apenas se acrescentam alguns elementos excepcionais, que marcam três momentos: chegada (bilheteira e lojas), zona de pausa (bar e esplanada) e área de espectáculo (plateia e palco)”, explicitaram os arquitectos.
Olhando para as maquetas percebe-se que a entrada é feita através de um longo muro que conduz a uma escada desenhada numa espécie de poço iniciático e que liga a cota superior e a intermédia. Nesta cota vislumbra-se pela primeira vez o que anteriormente se tinha velado – o grande leito da pedreira e, percorrendo uma galeria resultante do corte de uma das bancadas, acede-se ao bar, cuja configuração permite descobrir o grande lago no interior da pedreira.
Uma escada, formada por um conjunto de lanços que se desenvolvem num sulco que é agora talhado na pedra, leva-nos à cota inferior, onde são colocados uma plateia e um palco, finalizando-se assim o percurso. Este último conjunto está então disposto sobre um novo plano de água e contra as enormes paredes originais que se levantam a 50m de altura ampliando, com a sua massa, a potência da voz, projectada por uma acústica existente e previamente identificada.
Na opinião dos arquitectos, se as obras começassem hoje, levariam cerca de um ano e meio, apontando 2012 a inauguração deste espaço cultural. No entanto, inerente a qualquer projecto estão questões financeiras e essas estão a ser ponderadas, sabendo-se que a Câmara Municipal de Vila Viçosa já valorizou todo o projecto. O presidente, Luís Caldeirinha Roma, afirmou que este “é um projecto marcado por uma transversalidade singular, que abarca áreas como a cultura, indústria, gastronomia e comércio, numa terra com um valiosíssimo potencial turístico”.
Esta pedreira encontra-se a sudoeste de Vila Viçosa, junto ao relevo mais importante da região, a Serra D´Ossa. O território onde se localiza corresponde à faixa denominada Anticlinal de Estremoz, onde se encontra a maior jazida de mármores continental, tornando a zona naquela que, em Portugal, apresenta uma maior intensidade de exploração mineira.
Em resultado destas características, a original topografia da zona foi sendo alterada ao longo dos anos através de enormes crateras criadas pela incessante procura de pedra. São feridas violentamente abertas que contrastam, com especial evidência, com a paisagem envolvente e que este projecto de valorização cultural pretende inverter.
»» Jorge Manuel Pereira
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