terça-feira, 31 de agosto de 2010
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Piu!
Contribuinte – Gostava de comprar um carro.
Estado – Muito bem. Faça o favor de escolher.
Contribuinte – Já escolhi tenho que pagar alguma coisa?
Estado – Sim. De acordo com o valor do carro (IVA)
Contribuinte – Ah. Só isso.
Estado – e uma “coisinha” para o por a circular (selo)
Contribuinte – Ah!
Estado – e mais uma coisinha na gasolina necessária para que o carro efectivamente circule (ISP)
Contribuinte – mas sem gasolina eu não circulo.
Estado – Eu sei.
Contribuinte – mas eu já pago para circular.
Estado – claro.
Contribuinte – então vai cobrar-me pelo valor da gasolina?
Estado – também. mas isso é o IVA. o ISP é outra coisa diferente.
Contribuinte - diferente?
Estado - muito. o ISP é porque a gasolina existe.
Contribuinte - porque existe?
Estado - há muitos milhões de anos os dinossauros e o carvão fizeram petroleo. e você paga.
Contribuinte – só isso?
Estado – Só. Mas não julgue que pode deixar o carro assim como quer.
Estado – Tem que pagar para o estacionar.
Contribuinte – para o estacionar?
Estado – Exacto.
Contribuinte – Portanto pago para andar e pago para não andar?
Estado – Não. Se quiser mesmo andar com o carro precisa de pagar seguro.
Contribuinte – Então pago para circular, pago para conseguir circular e pago por estar parado.
Estado – Sim. Nós não estamos aqui para enganar ninguém. O carro é novo?
Contribuinte – Novo?
Estado – é que se não for novo tem que pagar para vermos se ele está em condições de andar por aí.
Contribuinte – Pago para você ver se pode cobrar?
Estado – Claro. Acha que isso é de borla? Só há mais uma coisinha…
Contribuinte – Mais uma coisinha?
Estado – Para circular em auto-estradas
Contribuinte – mas eu já pago imposto de circulação.
Estado – mas esta é uma circulação diferente.
Contribuinte – Diferente?
Estado – Sim. Muito diferente. É só para quem quiser.
Contribuinte – Só mais isso?
Estado – Sim. Só mais isso.
Contribuinte – E acabou?
Estado – Sim. Depois de pagar os 25 euros acabou.
Contribuinte – Quais 25 euros?
Estado – Os 25 euros que custa pagar para andar nas auto-estradas.
Contribuinte – Mas não disse que as auto-estradas eram só para quem quisesse?
Estado – Sim. Mas todos pagam os 25 euros.
Contribuinte – Quais 25 euros?
Estado – Os 25 euros é quanto custa.
Contribuinte – custa o quê?
Estado – Pagar.
Contribuinte – custa pagar?
Estado – sim. Pagar custa 25 euros.
Contribuinte – Pagar custa 25 euros?
Estado – Sim. Paga 25 euros para pagar.
Contribuinte – Mas eu não vou circular nas auto-estradas.
Estado – Imagine que um dia quer…tem que pagar
Contribuinte – tenho que pagar para pagar porque um dia posso querer?
Estado – Exactamente. Você paga para pagar o que um dia pode querer.
Contribuinte – E se eu não quiser?
Estado – Paga multa.
A isto é que eu chamo ter memória curta ... II
No seguimento do post da baleia Adelie, aqui fica uma foto que povoa os jornais de todo o mundo no dia de hoje. Nem de propósito.
A foto, juntamente com outras do mesmo teor, foi colocada por uma soldado isrealita no facebook. Mostra a defensora do estado de Israel a posar com um grupo de prisioneiros palestinianos.
Para além do titulo do post original da Adelie (já de si elucidativo)aqui fica uma citação de José Saramago "Os israelitas não aprenderam NADA com o sofrimento dos pais e avós, absolutamente NADA!".
Diz-me onde moras... (por Miguel Esteves Cardoso)
"Um dos grandes problemas da nossa sociedade é o trauma da morada. Por exemplo, há uns anos, um grande amigo meu, que morava em Sete Rios, comprou um andar em Carnaxide. Fica pertíssimo de Lisboa, é agradável, tem árvores e cafés. Só tinha um problema. Era em Carnaxide. Nunca mais ninguém o viu. Para quem vive em Lisboa, tinha emigrado para a Mauritânia!
Acontece o mesmo com todos os sítios acabados em -ide, como Carnide e Moscavide. Rimam com Tide e com Pide e as pessoas não lhes ligam pevide.
Um palácio com sessenta quartos em Carnide é sempre mais traumático do que umas águas-furtadas em Cascais. É a injustiça do endereço.
Está-se numa festa e as pessoas perguntam, por boa educação ou por curiosidade, onde é que vivemos. O tamanho e a arquitectura da casa não interessam. Mas morre imediatamente quem disser que mora em Massamá, Brandoa, Cumeada, Agualva-Cacém, Abuxarda, Alformelos, Murtosa, Angeja. ou em qualquer outro sítio que soe à toponímia de Angola. Para não falar na Cova da Piedade, na Coina, no Fogueteiro e na Cruz de Pau. (...)
Ao ler os nomes de alguns sítios - Penedo, Magoito, Porrais, Venda das Raparigas, compreende-se porque é que Portugal não está preparado para entrar na Europa. De facto, com sítios chamados Finca Joelhos (concelho de Avis) e Deixa o Resto (Santiago do Cacém), como é que a Europa nos vai querer integrar?
Compreende-se logo que o trauma de viver na Damaia ou na Reboleira não é nada comparado com certos nomes portugueses. Imagine-se o impacto de dizer "Eu sou da Margalha" (Gavião) no meio de um jantar.
Veja-se a cena num chá dançante em que um rapaz pergunta delicadamente "E a menina de onde é?", e a menina diz: "Eu sou da Fonte da Rata"
(Espinho).
E suponhamos que, para aliviar, o senhor prossiga, perguntando "E onde mora, presentemente?", Só para ouvir dizer que a senhora habita na Herdade da Chouriça (Estremoz).
É terrível. O que não será o choque psicológico da criança que acorda, logo depois do parto, para verificar que acaba de nascer na localidade de Vergão Fundeiro?
Vergão Fundeiro, que fica no concelho de Proença-a-Nova, parece o nome de uma versão transmontana do Garganta Funda.
Aliás, que se pode dizer de um país que conta não com uma Vergadela (em Braga), mas com duas, contando com a Vergadela de Santo Tirso ?
Será ou não exagerado relatar a existência, no concelho de Arouca, de uma Vergadelas?
É evidente, na nossa cultura, que existe o trauma da "terra".
Ninguém é do Porto ou de Lisboa. Toda a gente é de outra terra qualquer. Geralmente, como veremos, a nossa terra tem um nome profundamente embaraçante, daqueles que fazem apetecer mentir. Qualquer bilhete de identidade fica comprometido pela indicação de naturalidade que reze Fonte do Bebe e Vai-te (Oliveira do Bairro).
É absolutamente impossível explicar este acidente da natureza a amigos estrangeiros ("I am from the Fountain of Drink and Go Away...").
Apresente-se no aeroporto com o cartão de desembarque a denunciá-lo como sendo originário de Filha Boa.
Verá que não é bem atendido. (...) Não há limites. Há até um lugar chamado Cabrão, no concelho de Ponte de Lima !!!
Urge proceder à renomeação de todos estes apeadeiros. Há que dar-lhes nomes civilizados e europeus, ou então parecidos com os nomes dos restaurantes giraços, tipo : Não Sei, A Mousse é Caseira, Vai Mais um Rissol. (...)
Também deve ser difícil arranjar outro país onde se possa fazer um percurso que vá da Fome Aguda à Carne Assada (Sintra) passando pelo Corte Pão e Água (Mértola), sem passar por Poriço (Vila Verde), e acabando a comprar rebuçados em Bombom do Bogadouro (Amarante), depois de ter parado para fazer um chichi em Alçaperna (Lousã).
(Miguel Esteves Cardoso)
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
A isto é que eu chamo ter memória curta...
Israel quer deportar 400 crianças filhas de imigrantes
O ministro israelita do Interior, o ultra-ortodoxo Eli Yishai, não se mostrou nada inclinado a ouvir o apelo da mulher do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para que não deporte 400 crianças, filhas de trabalhadores imigrantes.
“Como psicóloga e mãe de duas crianças, imploro-lhe que use a sua autoridade para permitir que a maior parte das 400 crianças fique em Israel”, escreveu Sara Netanyahu ao ministro Yishai, do partido religioso Shas, que detém quatro pastas na actual coligação governamental.
Ele, porém, que considera os trabalhadores imigrantes não-judeus um perigo para “o empreendimento sionista” que defende. Por isso, limitou-se a responder que condescende em receber quinta-feira a esposa do primeiro-ministro, mas que de modo algum irá alterar a sua política. E que, aliás, nem sequer poderia anular uma ordem de deportação aprovada pelo Conselho de Ministros.
Ao debater há duas semanas o estatuto de cerca de 1200 crianças filhas de imigrantes, o Governo de Israel decidiu-se por um compomisso. Os que já vivessem no país há mais de cinco anos, falassem hebraico e andassem na escola poderiam ficar. Por este critério, 800 crianças têm a hipótese de permanecer, enquanto 400 terão de ser deportadas, com os pais, dentro de algumas semanas.
Os partidários de tal decisão afirmaram que Israel não tinha outra hipótese senão a de travar o fluxo de imigrantes, milhares dos quais entram ilegalmente no país pela fronteira com o Egipto. Os críticos, incluindo milhares que se manifestaram sábado em Telavive, argumentam que é imoral um país dedicado a constituir um refúgio para os judeus fugidos a perseguições expulsar agora crianças que nunca conheceram outra pátria.
As estatísticas oficiais colocam o número de imigrantes em cerca de 200.000. Na sua maior parte, são oriundos da África, da China e das Filipinas e metade está com vistos que já expiraram. No Estado de Israel vivem cerca de 7,5 milhões de pessoas, 75 por cento das quais são judeus.
Ao opor-se a esta decisão e ao alerta contra um pesadelo de relações públicas, o ministro da Indústria, do Comércio e do Trabalho, Binyamin Fuad Ben-Eliezer, nascido em Bassorá, no Sul do Iraque, contra-atacou: “Este já não é o Estado judaico que eu conheço!”.
O ministro israelita do Interior, o ultra-ortodoxo Eli Yishai, não se mostrou nada inclinado a ouvir o apelo da mulher do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu para que não deporte 400 crianças, filhas de trabalhadores imigrantes.
“Como psicóloga e mãe de duas crianças, imploro-lhe que use a sua autoridade para permitir que a maior parte das 400 crianças fique em Israel”, escreveu Sara Netanyahu ao ministro Yishai, do partido religioso Shas, que detém quatro pastas na actual coligação governamental.
Ele, porém, que considera os trabalhadores imigrantes não-judeus um perigo para “o empreendimento sionista” que defende. Por isso, limitou-se a responder que condescende em receber quinta-feira a esposa do primeiro-ministro, mas que de modo algum irá alterar a sua política. E que, aliás, nem sequer poderia anular uma ordem de deportação aprovada pelo Conselho de Ministros.
Ao debater há duas semanas o estatuto de cerca de 1200 crianças filhas de imigrantes, o Governo de Israel decidiu-se por um compomisso. Os que já vivessem no país há mais de cinco anos, falassem hebraico e andassem na escola poderiam ficar. Por este critério, 800 crianças têm a hipótese de permanecer, enquanto 400 terão de ser deportadas, com os pais, dentro de algumas semanas.
Os partidários de tal decisão afirmaram que Israel não tinha outra hipótese senão a de travar o fluxo de imigrantes, milhares dos quais entram ilegalmente no país pela fronteira com o Egipto. Os críticos, incluindo milhares que se manifestaram sábado em Telavive, argumentam que é imoral um país dedicado a constituir um refúgio para os judeus fugidos a perseguições expulsar agora crianças que nunca conheceram outra pátria.
As estatísticas oficiais colocam o número de imigrantes em cerca de 200.000. Na sua maior parte, são oriundos da África, da China e das Filipinas e metade está com vistos que já expiraram. No Estado de Israel vivem cerca de 7,5 milhões de pessoas, 75 por cento das quais são judeus.
Ao opor-se a esta decisão e ao alerta contra um pesadelo de relações públicas, o ministro da Indústria, do Comércio e do Trabalho, Binyamin Fuad Ben-Eliezer, nascido em Bassorá, no Sul do Iraque, contra-atacou: “Este já não é o Estado judaico que eu conheço!”.
THE FLY...
"This short, an Oscar winner, is an exceptionally detailed effort that can be a bit unsettling at first (particularly for anyone who has problems with depth-perception), but is a fascinatingly drawn and meticulously constructed animation and is a must-see if you like animation. Fortunately, it is currently in-print. Most highly recommended."
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